Estávamos falando em ativismo no design na postagem anterior, não foi? Pois aqui temos um ativismo lindo, um projeto que saiu do coração e de uma experiência pessoal, o que o torna mais potente ainda. Estas foram as minhas impressões sobre o projeto Empatia de Mayla Tanferri.


O projeto final de graduação da designer May Tanferri é um projeto conceitual com um enfoque muito pessoal de uma grande partilha de sua experiência com o mundo. Um projeto que, provavelmente, foi libertador e vai ajudar muitas outras pessoas com experiências parecidas. Uma forma de reinterpretar sua experiência pessoal com suas cicatrizes de queimaduras e externar um pouco dos seus sentimentos com todos, mas principalmente mostrando a quem está passando pela mesma experiência, que não está sozinho. Uma coisa é certa: ela já tocou muitos com seu projeto!
Empatia é um projeto que questiona o modo como olhamos as cicatrizes, à partir da experiência da designer com um acidente de queimadura. O objetivo de Mayla é mostrar que independente da forma de lesão; uma queimadura, uma cirurgia ou um tratamento, uma cicatriz indica que o corpo se curou, e é uma evidência única de uma experiência de sobrevivência.

O projeto Mayla consiste em duas iniciativas; um curto documentário em parceria com os fotógrafos Deborah Maxx e Gustavo Arrais (acima) que registra o maior exercício da autora, o da exposição -inspirado pela série Scarred for Life de Ted Meyer -, e um kit desenvolvido para crianças e pré adolescentes (no video abaixo) que experienciaram alguma doença, tratamento ou lesão que resultou em uma cicatriz. O objetivo é auxiliar quem carrega cicatrizes pelo corpo, como a designer, e mostrar que uma cicatriz é muito mais do que uma marca: cicatrizes contam uma história.
O kit contém uma bonequinha em formato toy art chamada Mia, que usa malhas compressivas e têm as mesmas cicatrizes de Mayla. Além disso, o box conta com muitas informações, como a importância do uso dessa malha, dicas de alimentação e cuidados para ajudar na recuperação do tecido lesado. A expectativa de Mayla agora é conseguir uma parceria para doar esses kits a quem precisa e, assim, auxilar os pequenos na retomada da confiança e na alegria de viver.





Dá para pensar em muitas coisas admirando este projeto, mas principalmente como o bom design não é apenas gráfico, digital ou de produto. Podemos pensar também no potencial dos projetos conceituais e pessoais, projetos como histórias contadas pelo coração e vinda de uma experiência cheios de potência criativa, de onde podem surgir grandes inovações.
Este projeto foi selecionado para a 11a Bienal Brasileira de Design Gráfico (2015) como Projeto Acadêmico, e ainda ganhou o prêmio de Destaque. Super merecido! Admirem o projeto escrito e criado por May Tanferri também no documento que a designer compartilhou e vocês podem conferir clicando abaixo:
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