1.8.11
Bate papo com Renata Rubim
O Amenidades do Design volta com mais uma de suas entrevistas :-) temos novamente a honra de trazer mais um nome importante deste nosso grande time de Designers Brasileiros, a designer gaúcha de coração Renata Rubim, designer de superfícies e consultora de cores, autora do livro Desenhando a Superfície.
O portal Design Brasil fez um excelente resumo sobre sua vida profissional: "Renata Rubim começou sua formação ainda nos anos 60, ao ingressar em 1967 no IADÊ, em São Paulo. Em 1985, ganhou uma bolsa de estudos Fulbright e freqüentou a Rhode Island School of Design, nos Estados Unidos. Um dos seus orgulhos é o fato de ter sido selecionada, no ano de 2005, em dois concursos do site www.designboom.com pelos trabalhos Simplicity (para azulejos com cristais Swarovski) e Door to Paradise (projeto adquirido pela empresa italiana Cocif)" e confiram a seguir a entrevista concedida ao Amenidades do Design :-)
Quando e como surgiu seu interesse pelo design gráfico? Como foram suas primeiras experiências na área?
Renata Rubim - O design gráfico foi mais uma necessidade, do que um interesse real. Porque eu sempre quis mesmo o design de superfície. E como não havia, precisei no começo focar no gráfico. Fiz o curso IADÊ, famoso em SP no final dos anos 60, onde além de aulas de design gráfico, tive também mobiliário.
As minhas primeiras experiências em design de superfície foram, por incrível que pareça, aos 4 e 5 anos de idade no jardim de infância, desenhando muitos tapetes de chão.
Quais são sua maiores influências no Design? Quais nomes do Design você admira?
Renata Rubim - Sempre fui fascinada por manifestações visuais diversas, os principais foram - e são - o Escher e o Roberto Burle-Marx. Em adolescente tive a oportunidade de ter vários produtos da BRAUN, inclusive de uso próprio, como secador de cabelo, isqueiro, etc. Tenho paixão por formas e cores e aprecio várias correntes.
Conte um pouco sobre a sua trajetória profissional até chegar a especialização em Design de Superfície e consultoria em Cores.
Renata Rubim - Desenhei móveis nos anos 70 para uma empresa média em Gramado e lá tínhamos uma tecelagem artesanal onde pude desenvolver uma grande linha de tapetes de pura lã de carneiro, que eu mesma tingia. A partir do resultado dessa produção que foi mostrada em vários países, decidi focar só no design bidimensional. Ganhei uma Bolsa Fulbright para a Rhode Island School of Design e lá frequentei o Surface Design Department. Aí um novo mundo se abriu na minha vida. Para sempre.
Como você define o Design de Superfície e a partir de qual momento passou a ser valorizado pelo mercado em geral?
Renata Rubim - O design de superfície é o projeto para toda e qualquer superfície. Passou a ser valorizado por vários motivos, provavelmente. Uma combinação de fatores : a informação disseminada, as novas tecnologias e um mercado mais aberto a inovações.
Vemos com frequência publicações que associam as cores a sentimentos que despertam nos seus observadores, e você mesma afirma que as cores carregam consigo infinitas percepções. Qual a relevância da escolha das cores em projetos de Design?
Renata Rubim - A(s) cor(es) podem estragar um bom projeto, assim como podem dar vida a um projeto insignificante. Cor funciona num contexto, portanto ela tem que ser super bem inserida e combinada. Cor é um fenômeno físico - frequências de ondas - e assim como na música, o resultado se não for bem "afinado", não soará bem. Acredito que as cores tem significados e percepções bem diferentes entre sociedades e culturas diversas e precisamos conhecer essas diferenças.
Qual o papel da web na sua vida profissional? Como essa mídia moderna interfere ou interage com os seus negócios?
Renata Rubim - Pelo que eu percebo - e vivo- sem web hoje eu estaria fora do mercado de trabalho. É uma ferramenta útil e, mais do que isso, indispensável.
Qual conselho você daria ao designer que está entrando no mercado de trabalho agora?
Renata Rubim - Eu orientaria algumas coisas :
1) criar uma rede de contatos bem interessante. Como? Fazendo cursos, assistindo palestras, frequentando Feiras de design, participando de redes sociais. Quem não é visto, não é lembrado.
2) cursos de empreendedorismo antes ou depois de ter feito estágios, tanto em escritórios de design, como em fábricas.
3) estar atento ao que acontece no mundo : mídia em geral (economia, política, meio-ambiente). Um designer deve ser um participante do mundo em que vive para ser um colaborador e não apenas um visitante.
Para vocês conhecerem um pouco mais sobre Renata Rubim confiram uma pequena amostra de seu trabalho abaixo e uma postagem sobre ela no Pattern Observer. Para conferir mais acesse o site Renata Rubim - Design e Cores, onde ela divide conosco uma linha do tempo onde demonstra como o ser humano sempre se orientou pelas cores e outra sobre como sempre usufruímos das superfícies como forma de comunicação e identificação dos povos
por
Carol Hoffmann
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Adorei a entrevista!
ResponderExcluirObrigada Carol!
Obrigada Renata!
Obrigada, Mônica, pelo comentário, não tinha visto:) E obrigada à Carol pelo espaço!
ExcluirBeijos
:) Eu que agradeço você por aqui!!
ResponderExcluirBjo gde,
Carol Hoffmann