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9.10.14

Absorvente Biodegradável para o mundo





Um aguapé para muitas pessoas é tido como uma planta invasora com um apetite desenfreado e devastador ambiental, quase como uma erva daninha da água. Pois no Quênia, está acontecendo como em muito outros lugares, essas ervas daninhas cobrem o litoral Kisumu, fazendo com que a luz penetre apenas nas camadas superiores e os pescadores locais ficam limitados a pescar apenas em águas abertas, prejudicando a economia local.



Mas, os aguapés podem ser classificados como uma fibra natural, onde seus filamentos são usados na fabricação de papel e têxteis. A partir desta observação um grupo de estudantes da Universidade de Tecnologia Chalmers, da Suécia, pensaram em uma solução simples para o problema local: usar o aguapé para fazer algo que a população local use.

Juntaram a problemática inicial e foram pesquisar como podiam usar a fibra localmente. Acabaram por descobrir que as meninas ali usavam um protetor reutilizável de pano (mais ecológico do que os nossos descartáveis podemos aqui dizer) e resolveram fazer um projeto de absorventes descartáveis biodegradáveis com as fibras dos aguapés.







No meu ponto de vista esse grupo de designers, ao projetar para esta comunidade, acabou por projetar para si próprio :) Acabaram por mostrar a viabilidade de um absorvente higiênico biodegradável para o uso de todos nós, no mundo todo!

Pensem bem... este artifício projetual pode ser levado para qualquer lugar do mundo, produzido e utilizado localmente como alternativa sustentável para os absorventes higiênicos atuais, que não são biodegradáveis. Se esta alternativa for realmente viável em termos de saúde para os seres humanos, porque não estender a proposta para as fraldas descartáveis se tornarem biodegradáveis também?

Aqui em cima o material que vai virar papel absorvente




Desta história toda surgiu o Jani, que significa "folha", que é constituído por quatro camadas feitas inteiramente de papel de aguapé. Cada camada é impregnada com características diferentes, que se trata de orifícios para melhorar a absorção ou um verniz de cera de abelha para evitar vazamentos pela área perfurada. As fendas na camada de topo permitem que a almofada se adapte ao corpo do utilizador, reduzindo o desconforto. Na embalagem cada almofada é dobrada, com a barreira de cera virada para fora, em seguida, é mantida no lugar com uma tira de papel fino, que protege o adesivo. É bem interessante ver um pouco do processo criativo da criação do protótipo no blog do projeto

Mais sobre o Jani aqui. Gostou do debate? Tem vários estudos e proposta de Green Packaging clicando aqui.

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