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29.8.14

Domingos Tótora



Domingos Tótora materializa seu olhar sobre a natureza, montanhas, a terra arada e o curso do rio em cada um de seus produtos. Nascido e criado em Maria da Fé, uma cidade na região montanhosa de Minas Gerais, Domingos Totora retornou à sua cidade natal depois de estudar design em São Paulo e escolheu o papelão como matéria-prima de seu trabalho, que se situa entre a arte e o design.

Descobriu anos atrás que podia transformar caixas descartadas em uma massa tão resistente quanto a madeira quando misturadas a água e cola. A paisagem ao seu redor e sua paixão pela natureza servem como fontes de inspiração para seu trabalho. Trabalhando com a massa de papelão reciclado, ele cria objetos e esculturas onde a beleza é inseparável da função, que concede uma aura artística para objetos comuns do cotidiano. "Sou um misto de artista, designer e artesão” diz.














O processo de produção das peças é "quebrar" o papelão em pedaços menores e transformar esta matéria-prima em polpa que serve como material de base para a fabricação dos móveis, objetos e esculturas que são moldadas a mão e depois sêcas ao sol. Claro que tem a parte do acabamento até chegar na aparência final.

Um processo artesanal que transforma e reaproveita o papelão de forma belíssima! O papelão que se originou da madeira, essencialmente, é trazido de volta ao ciclo de vida da matéria-prima, tendo uma qualidade de madeira novamente e dando nova e longa vida ao material. Afinal quem descartaria uma peça de Domingos Tótora? :) Assistam o video abaixo onde o próprio Domingos apresenta todo seu processo e sua peças. Perfeito e inspirador!
















Trago aqui duas perguntas de uma entrevista dada anteriormente pelo designer ao site GreenStyle:

Há quanto tempo trabalha com material reciclado? Por que começou esta linha?

Domingos Tótora - Comecei há 15 anos, mais ou menos. Eu nasci no interior de Minas Gerais e comecei a perceber que, por aqui, os supermercados descartavam muito papelão. Eu gosto muito de materiais de arte e decidi tentar dar um fim para todo este papelão. Comecei a misturá-lo com sacos de cimentos vazios e transformar em massa, para construir novos objetos. Era curioso e estava dando certo. O melhor é o processo que acontece com o papelão. Vem da madeira, é reciclado, e volta ser madeira – afinal, é quase tão resistente quanto. A busca é incessante e a história que nos move não tem fim. Esta é a beleza da criação: poder materializar novas ideias.

O Domingos Tótora Estúdio de Arte e Design conta com uma equipe de artesãos para ajudar na fabricação das peças. Como é o processo da criação à execução?

Domingos Tótora - Primeiro, eu crio o protótipo da peça. Então, levo para a minha oficina, onde são produzidos todos os objetos. São onze funcionários que trabalham comigo, todos com carteira assinada. Assim, eu ajudo a gerar emprego na minha cidade. E não é questão de elogiar o meu trabalho, eu acho que as atitudes precisam ser verdadeiras, da reciclagem à fabricação. Eu faço porque acredito nesta motivação. A convivência é tão espontânea que papel e conversa se interligam como sementes da mesma origem. Na oficina se cumprem as tarefas e as inspirações. É onde se dá a passagem do amorfo em direção à peça. A vida do papelão se transforma.

Abaixo belas imagens do seu estúdio em Minas Gerais. Quer saber mais? Você pode acessar o site de Domingos Tótora clicando aqui. 








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